
Os três livros que escolhi para ler em dezembro
Queria começar dizendo que, dos três livros, já finalizei um e os outros dois já estão em andamento. E, na verdade, são quatro livros. Quer saber? Esquece o título desse post! 😅
Aproveitar as ofertas da Black Friday para renovar a estante e planejar as próximas leituras já virou tradição por aqui. Amo aproveitar esse momento para investir em boas leituras e dar espaço para novos títulos. E, pelo terceiro ano consecutivo, minha estante recebeu novos integrantes no último mês do ano. Dezembro carrega uma energia muito positiva que sempre me contagia. Por isso, vim aqui pra compartilhar os três (quatro!!!) livros que vão me fazer companhia ao longo desse mês. Vem conferir!
1. A vida não é útil, de Ailton Krenak

SINOPSE: Em reflexões provocadas pela pandemia da COVID-19, o pensador e líder indígena Ailton Krenak volta a apontar as tendências destrutivas da chamada “civilização”: consumismo desenfreado, devastação ambiental e uma visão estreita e excludente do que é a humanidade.
🫧 POR QUE O ESCOLHI?
Desde minha última leitura, percebi que não pesquisava sobre os autores dos livros que lia. Apenas me interessava pela sinopse e lia as avaliações. Isso me fez refletir sobre o que um autor representa (gênero, raça/etnia, classe social, nacionalidade, etc.) e como isso influencia sua escrita. Ao perceber essa lacuna nas minhas leituras, decidi mergulhar em obras que trazem perspectivas essenciais. Conversei com um amigo (um beijo, Hugo!) e ele me indicou muitos autores incríveis; o Ailton Krenak foi um deles.
Eu já conhecia o trabalho e as contribuições do Krenak (inclusive, tive a honra de conhecê-lo pessoalmente), mas eu ainda não havia lido nenhum de seus livros. Queria ampliar minha visão sobre questões urgentes como o consumismo e a relação com a natureza, temas que o Krenak aborda com sabedoria. Por isso, decidi começar por ‘A vida não é útil’.
Terminei a leitura na primeira semana deste mês e posso dizer com toda certeza: é uma leitura indispensável e que traz reflexões urgentes para os dias atuais. Se você quiser uma resenha desse livro, me conta aqui nos comentários!
2. Tudo sobre o amor, de bell hooks

SINOPSE: O que é o amor, afinal? Será esta uma pergunta tão subjetiva, tão opaca? Para bell hooks, quando pulverizamos seu significado, ficamos cada vez mais distantes de entendê-lo. Neste livro, a autora defende que o amor não é apenas um sentimento, mas uma ação transformadora, capaz de combater o niilismo, a ganância e a obsessão pelo poder.
🫧 POR QUE O ESCOLHI?
‘Tudo sobre o amor’ foi indicado por uma amiga super querida (um beijo, MaRi!) enquanto conversávamos sobre autoestima, trabalho e outras miudezas do dia a dia. Na mesma semana, outros dois colegas de trabalho comentaram sobre a obra e sobre a autora, bell hooks. Me interessei por esse livro porque, desde então, passei a refletir sobre como o amor pode transformar nossas relações e nosso olhar para o mundo. Já comecei a leitura e estou gostando bastante. Em breve trago mais atualizações por aqui!
3. A graça da coisa, de Martha Medeiros

SINOPSE: Passar pela vida à toa é um desperdício imperdoável. Que o mundo está uma doidice sem tamanho não é preciso dizer. Que estamos cada vez trabalhando mais, ficando mais tempo no celular e no trânsito, nem se fala. Então como sobreviver, ou melhor, como viver em meio a este caos que se transformou a nossa vida? Martha Medeiros escreve sobre como se desapegar do que nos faz mal e enxergar a graça da vida em pequenas atitudes. Com muito humor e leveza, ela aborda temas como ansiedade, reinvenção, amor e sabedoria em meio ao caos.
🫧 POR QUE O ESCOLHI?
Quando comecei a me aventurar na escrita de crônicas, senti falta de ter uma referência nesse meio. Claro, já tinha lido textos de grandes cronistas brasileiros, como Clarice e Drummond, mas nunca uma obra que reunisse exclusivamente crônicas. Decidi começar com ‘Conversa na Sala’, livro da Martha Medeiros que me deixou completamente encantada pela escrita da autora! Desde então, ela se tornou não só uma referência como uma inspiração para mim. Resultado: adquiri mais três obras da autora e escolhi ‘A graça da coisa’ para me acompanhar neste mês.
Extra: Os cem melhores contos brasileiros do século, por Italo Moriconi

SINOPSE: A coletânea ‘Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século’ é um passeio pela mais deliciosa e contundente ficção curta produzida no Brasil entre 1900 e o fim dos anos 90. Uma antologia capaz de traduzir as mudanças do país e as inquietações de várias gerações de brasileiros, em cem anos de produção literária. A prova de que a arte do gênero não cessa de melhorar em nossa literatura.
🫧 POR QUE O ESCOLHI?
Eu amava ler contos brasileiros na escola e, recentemente, lembrei dessa paixão. Foi aí que pensei: “por que não voltar a lê-los?” Confesso que me senti um pouco desnorteada para iniciar a pesquisa dessas narrativas, além de que eu também queria explorar outros grandes escritores do país. Então, confiei na seleção do Italo Moriconi e adquiri ‘Os cem melhores contos brasileiros do século’ — um livro cujo título é autoexplicativo hahahah. Achei que seria uma ótima forma de revisitar histórias marcantes enquanto descubro autores que ainda não conheço.
O livro tem mais de 600 páginas, então eu obviamente não conseguiria terminá-lo ainda este mês. Por isso, busquei uma solução mais prática: esse livro vai me acompanhar pelos próximos meses. Como os textos são curtos, eles serão pílulas de ficção que vou consumir quando der vontade — sem pressa, com a leveza que a leitura merece. Já li alguns e estou encantada com as histórias!
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E você? Já escolheu algum livro para mergulhar neste último mês do ano? Me conta aqui nos comentários e aproveita para me indicar o que tem na sua lista. Beijo! 🧡

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