
Desculpe o transtorno, estou em construção
“TRECHO EM OBRAS” — é a placa que vejo em praticamente todas as ruas por onde passo. É como se a cidade inteira estivesse em reforma só pra combinar comigo. Tem obras de todos os tipos e tamanhos, algumas mais barulhentas que outras, mas igualmente dedicadas a gerar um caos no trânsito.
O engarrafamento é daqueles que não tem como simplesmente pegar um atalho e escapar; é preciso ter paciência com a imensa fila de carros que se arrasta lentamente. E o melhor (ou pior) é quando começam a buzinar sem parar no meu ouvido, como se eu tivesse culpa de ter chegado ao mesmo tempo e decidido que, sim, eu adoro uma obra interminável.
Minha parte favorita é quando dobro uma esquina e encontro um rosto conhecido passeando por ali. É como se a poluição sonora se amenizasse magicamente no momento em que abro o vidro da janela e troco algumas palavras com quem conheço. No meio desse caos, é reconfortante saber que não estou sozinha nessa bagunça.
Já que falei da melhor parte, vamos à pior. Eu simplesmente ODEIO passar por ruas nitidamente esburacadas. Eu sei, o vizinho sabe, a prefeitura sabe e até mesmo a própria rua deve saber que precisa de reforma, mas ninguém faz nada. Ela continua lá, desgastando os pneus de todos os carros que passam por ali.
Ah, e claro, não tem como esquecer daquelas ruas de mão-dupla que nunca avisam nada — são igualmente perigosas. Não tem um semáforo, uma placa de “PARE”, uma sinalização de velocidade ou um quebra-molas: é cada um por si e que se dane o resto! Fico lá, pisando em ovos, sem saber se está na hora de parar e esperar alguém ir na frente ou avançar com tudo e correr o risco de bater em outro carro.
Talvez o grande problema é que não existe (e nunca irá existir) um GPS pra me guiar no meio dessa cidade caótica. Mas a única certeza que tenho é que, em algum momento, eu encontrarei uma rua sem saída.
Enquanto esse dia não chega, só me resta cuidar do meu carro e torcer para que eu não me arrependa da trajetória percorrida.
P.S. Não estamos falando sobre ruas.

#Rolê: um domingo tranquilo em Niterói
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